O Grande Prêmio da Bélgica de Fórmula 1, realizado no último domingo, enfrentou um atraso significativo devido a fortes chuvas, levantando discussões sobre a postura cautelosa da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). O tetracampeão Max Verstappen, da Red Bull, criticou a demora, afirmando que os fãs não assistiriam mais a "corridas clássicas". A FIA, no entanto, prioriza a segurança dos pilotos em condições adversas, especialmente em relação à visibilidade comprometida pelo spray gerado pelos carros.
O regulamento da Fórmula 1, que reintroduziu o efeito solo em 2022, tem contribuído para a formação de uma cortina de água em pistas molhadas. Embora os pneus de chuva atuais sejam projetados para deslocar grandes volumes de água, a largura e o diâmetro aumentados amplificam o problema da visibilidade. O risco de aquaplanagem também é uma preocupação, uma vez que os monopostos não contam com sistemas de controle de tração ou ABS, comuns em veículos de passeio.
Após o incidente no GP da Inglaterra, onde o piloto Isack Hadjar colidiu devido à baixa visibilidade, a FIA reafirmou seu compromisso com a segurança. Pilotos como George Russell e Charles Leclerc defenderam a cautela, citando o histórico de acidentes fatais em circuitos como Spa-Francorchamps. A FIA está testando soluções para reduzir o spray, mas os resultados até agora não atenderam às expectativas.
Mudanças significativas estão previstas para 2026, com a expectativa de que novos designs de carros e a redução do efeito solo possam minimizar os problemas causados pela chuva. A FIA continua a trabalhar em alternativas para garantir a segurança dos pilotos e a integridade das corridas em condições climáticas adversas.