O governo da Argentina confirmou que o número de mortes por fentanil contaminado chegou a 100 na quinta-feira, 14 de agosto. As primeiras denúncias surgiram em maio, mas a crise se intensificou nas últimas semanas devido à resposta lenta das autoridades. Investigações indicam que o fentanil estava contaminado com bactérias Klebsiella pneumoniae e Ralstonia pickettii, resultando em um surto infeccioso fatal.
As investigações começaram após denúncias à Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica (Anmat), que identificou bactérias contaminantes em prontuários médicos de hospitais em Buenos Aires e nas províncias de Santa Fé, Formosa e Córdoba. O governo argentino responsabilizou o laboratório HLB Pharma Group S.A. e seu proprietário, Ariel Garcia Furfaro, que teve seus bens apreendidos, embora ninguém tenha sido preso até o momento.
O presidente Javier Milei criticou os apoiadores da ex-presidente Cristina Kirchner, acusando-os de proteger o empresário e pedindo sua prisão. Em meio à crise, Milei enfatizou a necessidade de responsabilização e convocou a população a participar das eleições legislativas de outubro, destacando a urgência da situação e a necessidade de ação imediata contra os responsáveis pelas mortes.