Entre o final de agosto e o início de setembro, o Atlântico Sul poderá experimentar a formação de um centro de alta pressão rara, com valores entre 1045 hPa e 1050 hPa. Este fenômeno, conforme indicado por modelos meteorológicos do Metsul Meteorologia, é incomum para a região, onde pressões normalmente variam de 1015 hPa a 1030 hPa. A formação desse anticiclone terá impactos diretos no clima do Cone Sul, coincidindo com a previsão de um ciclone extratropical na Argentina.
A interação entre o ciclone e o anticiclone deve provocar ventos fortes em uma ampla área do Atlântico Sul, afetando partes do leste da Argentina, Uruguai e Rio Grande do Sul. Embora o centro de alta pressão seja intenso, os modelos indicam que não haverá queda significativa nas temperaturas na América do Sul; pelo contrário, as projeções apontam para temperaturas acima da média nas áreas sob sua influência. O frio mais intenso deve se concentrar no Pacífico Sul, com previsão de neve em áreas meridionais do Chile.
Centros de alta pressão de grande intensidade são mais frequentes no hemisfério Norte devido à maior presença de áreas continentais. No hemisfério Sul, a predominância oceânica limita a força das altas pressões. Nos próximos dias, será necessário monitorar se as projeções se confirmam ou se os valores previstos serão ajustados para números menos extremos.