A oficialização da federação entre União Brasil e PP (Progressistas) ocorreu nesta terça-feira, 19, em um evento que reuniu diversas lideranças políticas, incluindo críticos e apoiadores do governo. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), um dos principais articuladores da aliança, enfatizou que a união não se trata de um movimento de oposição ou situação, mas sim de “fazer política com P maiúsculo”. Em seu discurso, ele ressaltou a importância do equilíbrio institucional e da preservação das convicções individuais.
Apesar do discurso de independência, a federação enfrenta desafios práticos em sua posição política, já que ambos os partidos ocupam cargos importantes no governo Lula (PT). O foco principal da união parece estar voltado para as eleições de 2026, lembrando o cenário de 2018, quando o Centrão se dividiu entre diferentes candidaturas. O evento contou com a presença de figuras políticas expressivas, como o deputado Arthur Lira (PP-AL) e os governadores Ronaldo Caiado (União-GO) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), frequentemente mencionados como possíveis candidatos à presidência.
Um aspecto notável do encontro foi a ausência de representantes da alta cúpula governista, como ministros do núcleo central do governo ou lideranças partidárias da base aliada. Essa falta de presença sugere uma complexidade nas relações entre os partidos da federação e o governo atual, mesmo com ambos integrando oficialmente a base governista. A nova configuração política pode indicar uma tentativa de unificação de forças para as próximas eleições presidenciais, refletindo as dinâmicas em constante mudança no cenário político brasileiro.