Em um artigo publicado na Folha de S.Paulo, o autor Luís Sabanay analisa o uso da fé como instrumento de controle por governos autoritários. Ele argumenta que, enquanto a fé autêntica promove dignidade e compaixão, sua distorção para fins de dominação transforma-a em barreira ao diálogo e à crítica. Os regimes autoritários frequentemente se apropriam de símbolos sagrados para criar uma narrativa moral que intimida opositores e legitima suas ações. Essa manipulação do sagrado não apenas desvirtua o verdadeiro significado da fé, mas também expõe a fragilidade das sociedades diante de discursos que buscam justificar a opressão e silenciar vozes dissidentes.