O FBI realizou uma busca na casa de John Bolton, ex-conselheiro de segurança nacional de Donald Trump, na sexta-feira, 16 de agosto, como parte de uma investigação sobre o manuseio inadequado de documentos confidenciais. Segundo o Wall Street Journal, a investigação apura se Bolton, que é um crítico declarado de Trump, manteve ou compartilhou indevidamente material sigiloso após sua passagem pela Casa Branca. Uma porta-voz de Bolton não comentou sobre a operação, e o FBI não respondeu a pedidos de esclarecimento.
A operação marca um retorno das atenções sobre Bolton, que já havia enfrentado um processo do Departamento de Justiça durante o governo Trump, acusado de divulgar informações sigilosas em seu livro de memórias. Essa ação foi encerrada em 2021 pela administração Biden, juntamente com uma investigação criminal anterior. O diretor Kash Patel comentou nas redes sociais que “ninguém está acima da lei”, refletindo o clima tenso em torno das investigações que envolvem críticos do ex-presidente.
Este caso ocorre em um contexto mais amplo de intensificação das ações contra opositores de Trump durante seu segundo mandato. Fontes próximas ao governo indicam que aliados do ex-presidente têm promovido investigações contra críticos e exonerado agentes envolvidos em apurações federais relacionadas a Trump e seus aliados. A situação levanta preocupações sobre a politicização da justiça e as implicações para a liberdade de expressão nos Estados Unidos.