A Justiça do Rio Grande do Sul tornou ré, nesta terça-feira (19), uma mulher acusada de atuar ilegalmente como psicóloga na Região Metropolitana de Porto Alegre. Denunciada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), a falsa profissional não possui formação acadêmica nem registro no Conselho Regional de Psicologia (CRP), mas prestou atendimentos a pacientes, incluindo crianças com transtornos do neurodesenvolvimento, como Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
Os atendimentos teriam ocorrido entre 2023 e 2025 em municípios como Porto Alegre, Guaíba e Canoas. Durante esse período, a mulher emitiu diagnósticos e orientações, utilizando o registro profissional de uma psicóloga que desconhecia a situação. A investigação, conduzida pela Delegacia de Ivoti, resultou na apreensão de diversos documentos e materiais que comprovam sua atuação ilegal.
Além das acusações de exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica, uma nova investigação está em andamento pela 3ª Delegacia de Polícia de Proteção à Criança e ao Adolescente em Porto Alegre, para apurar o crime de estelionato. O caso levanta preocupações sobre a segurança dos atendimentos psicológicos prestados a crianças e adolescentes na região.