A Faixa de Gaza enfrentou uma tragédia humanitária neste sábado (24), com a morte de oito palestinos, incluindo uma menina de apenas um ano, por desnutrição e falta de água. O Ministério da Saúde do enclave informou que, desde o início da ofensiva militar israelense em outubro de 2023, o total de vítimas subiu para 289, sendo 115 crianças. A situação se agrava com o bloqueio israelense, que impede a entrada de suprimentos essenciais e provoca uma crise alimentar sem precedentes.
De acordo com um relatório da ONG MedGlobal, uma em cada seis crianças com menos de cinco anos em Gaza sofre de desnutrição aguda. A organização alerta que todas as crianças pequenas correm risco de morte por fome sem intervenção imediata. A Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC) confirmou a ocorrência de fome na região, destacando o aumento alarmante da desnutrição infantil como um fator crítico.
O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Tom Fletcher, qualificou a fome em Gaza como “previsível e evitável”, ressaltando que a escassez de alimentos tem sido utilizada como uma arma na guerra. Especialistas afirmam que a situação pode se deteriorar ainda mais se não houver um cessar-fogo ou se Israel não permitir a entrada de ajuda humanitária em massa, levando a um colapso humanitário total na região.