O presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Fábio Schiochet (União-SC), manifestou sua oposição à proposta que permitiria ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) exercer seu mandato remotamente enquanto reside nos Estados Unidos. A análise do caso de Eduardo deve iniciar no dia 3 de setembro, após a escolha do relator, e já há quatro pedidos de cassação contra ele, apresentados por partidos da oposição. Eduardo está fora do Brasil desde fevereiro e sua licença não remunerada terminou em julho, o que levanta preocupações sobre sua presença no Parlamento.
Schiochet, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, enfatizou a importância da presença física dos parlamentares nas votações e discussões legislativas. Ele acredita que a Câmara não deve adotar um sistema híbrido que permita a votação à distância, afirmando que a decisão de Eduardo de se exilar nos EUA foi difícil, mas não justifica a possibilidade de atuar remotamente. A situação gera um clima de incerteza sobre o futuro político de Eduardo e as articulações entre seus aliados para evitar a cassação.
As implicações dessa discussão são significativas, pois podem afetar não apenas o futuro de Eduardo Bolsonaro, mas também a dinâmica política dentro da Câmara. A resistência à proposta de mandato remoto pode levar a um atraso no processo de análise dos pedidos de cassação, enquanto aliados tentam encontrar alternativas para proteger o deputado. O desfecho desse caso poderá influenciar a percepção pública sobre a atuação dos parlamentares e as regras que regem a presença deles no Legislativo.