Exportadores brasileiros estão em alerta após a imposição de uma sobretaxa pelo governo dos Estados Unidos, que pode resultar em prejuízos superiores a R$ 1 bilhão até o final do ano. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) criticou a medida, afirmando que ela compromete cadeias produtivas, reduz a produção e ameaça empregos e investimentos no Brasil. A CNI defende que o país busque soluções diplomáticas em vez de retaliar.
A CNI apresentou ao governo brasileiro uma série de propostas para mitigar os impactos da sobretaxa, incluindo financiamento emergencial do BNDES, prorrogação de prazos para pagamento de financiamentos e adiamento de impostos federais. A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção alertou que, com exceção dos cordéis de sisal, todos os produtos do setor serão afetados, e pediu medidas emergenciais para proteger a produção e o emprego.
Além disso, a Associação Brasileira do Alumínio informou que um terço das exportações do setor está sujeito à sobretaxa, o que pode inviabilizar o acesso de diversos produtos ao mercado americano. O setor de carnes também se manifestou, considerando a medida prejudicial ao comércio com os EUA, mas expressou esperança em reverter a situação através de negociações. O setor de plástico estima perdas de R$ 2 bilhões e pede uma estratégia de negociação focada para minimizar os danos.