Exportadores brasileiros estão lidando com os efeitos de uma tarifa de 50% imposta pelo governo Trump sobre suas mercadorias. Empresas, como a do diretor-presidente Luciano Duque, que produzem equipamentos para o setor automotivo, tentam renegociar contratos com clientes nos Estados Unidos para absorver os custos adicionais. A entrega de cinco prensas gigantes, prevista para setembro, foi afetada pela nova taxa, que representa um impacto financeiro significativo em um projeto de R$ 150 milhões.
A situação é complexa, pois muitos contratos foram firmados antes da imposição da tarifa, e as partes envolvidas precisam discutir quem arcará com os novos custos. O professor Rabih Nasser, da FGV Direito SP, destaca que há justificativas jurídicas para renegociar acordos, considerando que a decisão governamental está além do controle dos vendedores. Isso pode levar ao encerramento de relações comerciais construídas ao longo do tempo, o que representa um risco significativo para os exportadores.
Além disso, produtores de café, como Rachel Meireles, também enfrentam a pressão da tarifa e buscam alternativas para manter seus clientes. A possibilidade de dividir os custos extras ou redirecionar a produção para outros mercados são algumas das soluções em discussão. A capacidade de adaptação e negociação será crucial para minimizar os impactos financeiros e preservar as relações comerciais no futuro.