As exportações da China registraram um aumento de 7,2% em julho, superando as expectativas do mercado, que previam um crescimento de 5,4%. O desempenho positivo se deve, em parte, à trégua tarifária com os Estados Unidos, que permitiu aos fabricantes chineses intensificar o envio de mercadorias, especialmente para o Sudeste Asiático, antes da possível imposição de tarifas mais rigorosas. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pela Administração Geral de Alfândega da China.
Enquanto isso, operadores e investidores estão atentos ao desenrolar das negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo, que têm como prazo até 12 de agosto para alcançar um acordo duradouro. O presidente dos EUA, Donald Trump, já sinalizou a possibilidade de novas tarifas, incluindo uma taxa de 40% sobre produtos redirecionados para os EUA e uma taxa de 100% sobre chips e produtos farmacêuticos.
Além das exportações, as importações chinesas também surpreenderam, crescendo 4,1% em julho, contrariando as previsões de queda de 1,0%. O superávit comercial da China, no entanto, diminuiu para US$ 98,24 bilhões, em comparação a US$ 114,77 bilhões em junho. Especialistas apontam que o Sudeste Asiático está se tornando um mercado cada vez mais relevante no comércio entre a China e os EUA, refletindo mudanças nas cadeias globais de suprimento.
Os dados indicam que, apesar da queda de 21,67% nas exportações da China para os EUA em julho, as vendas para a ASEAN aumentaram 16,59%. A expectativa é que as tensões comerciais continuem a influenciar o mercado, especialmente com a possibilidade de novas tarifas que podem impactar as relações comerciais entre as duas nações.