A criação de um Estado palestino se distancia cada vez mais na Cisjordânia, após o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, anunciar a aprovação de milhares de novas unidades habitacionais para o assentamento de Ma’ale Adumim. Essa expansão, parte do plano E1, pode dividir a Cisjordânia e ameaça deslocar cerca de 7 mil palestinos que vivem em comunidades beduínas, como Jabal al-Baba, onde 450 pessoas enfrentam o risco iminente de demolição de suas casas.
O líder da vila, Atallah Mazara’a, expressa sua preocupação com o futuro da comunidade, afirmando que a presença beduína é vital para a natureza local. A ONU considera os assentamentos israelenses ilegais e um obstáculo significativo para a criação de um Estado palestino. Atualmente, cerca de 700 mil colonos judeus habitam a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, onde aproximadamente 3 milhões de palestinos também residem.
As ações do governo israelense, sob a liderança de Smotrich e do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, visam eliminar as perspectivas de um Estado palestino. Com ordens de demolição já emitidas para lojistas em Al-Eizariya, a situação se torna cada vez mais crítica, levantando questões sobre os direitos dos palestinos e a viabilidade de uma solução pacífica para o conflito na região.