O ex-presidente da Companhia de Habitação de Bauru (Cohab), Edison Gasparini Júnior, foi condenado em primeira instância por improbidade administrativa relacionada ao uso indevido de verba pública para financiar uma viagem à Europa em maio de 2012. Gasparini e mais duas pessoas alegaram participar de um fórum de habitação em Bruxelas, mas investigações do Ministério Público revelaram que o evento nunca ocorreu e que o convite foi forjado. A condenação inclui a devolução do dinheiro gasto e multas significativas.
As investigações, parte da Operação João de Barro, também apontam que antes da viagem a Bruxelas, os condenados realizaram passeios em Paris e Londres, totalizando gastos indevidos que somam mais de R$ 64 mil. O juiz José Renato da Silva Ribeiro determinou que os três devolvam o valor correspondente ao salário recebido durante a viagem, apesar de não haver comprovação direta do uso de recursos públicos para as passagens. Uma das investigadas já faleceu, e o juiz ordenou que a quantia seja retirada do espólio dela.
Além desta condenação, Edison Gasparini Júnior já enfrentou outras acusações por desvios milionários na Cohab, com penas que podem ultrapassar 18 anos. O Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou sua condenação por desvio de quase R$ 55 milhões, e a decisão cabe recurso. O esquema de corrupção na Cohab foi revelado em 2019, e até o momento, ninguém foi preso devido aos recursos apresentados.