Valdir Rossoni, ex-presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), e Altair Carlos Daru, ex-chefe de gabinete, foram condenados a devolver R$ 502 mil aos cofres públicos por manterem uma funcionária fantasma em seus gabinetes. A decisão da juíza Diele Zydek, da 5ª Vara da Fazenda Pública, ocorreu 14 anos após o caso ser revelado, quando Hellena Daru, mãe de Altair, admitiu à Receita Federal que nunca exerceu funções na Assembleia entre janeiro de 2003 e julho de 2005.
A sentença destaca a gravidade da conduta dos réus, que não apenas permitiram a contratação irregular como também participaram ativamente da movimentação financeira relacionada ao salário de Hellena, que variava entre R$ 6,6 mil e R$ 25 mil. Além de devolver o montante, Rossoni e Daru perderão os direitos políticos por 14 anos e estão proibidos de firmar contratos com o poder público ou receber benefícios fiscais.
A condenação levanta questões sobre a responsabilidade de figuras públicas em relação ao uso de recursos públicos e a necessidade de maior fiscalização nas contratações na Assembleia. Rossoni se manifestou afirmando que seu erro foi “fazer a faxina” e que seu futuro está nas mãos de Deus. A defesa de Daru não comentou a decisão judicial.