O ex-presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, foi condenado nesta sexta-feira (1º de agosto de 2025) a 12 anos de prisão domiciliar por fraude processual e suborno de testemunhas. A decisão foi proferida pela juíza Sandra Liliana Heredia, do 44º Juizado Penal do Circuito de Bogotá, que havia declarado Uribe culpado em 28 de julho, após um processo que se estendeu por cerca de 13 anos.
Uribe, que governou a Colômbia de 2002 a 2010, deverá se apresentar às autoridades em Rionegro, Antioquia, onde reside. Além da pena de prisão, ele foi multado em US$ 578 mil e ficará impedido de ocupar cargos públicos por oito anos. A condenação gerou reações polarizadas, com Uribe e seus aliados alegando perseguição política, enquanto críticos defendem que a sentença é justa, considerando as acusações de vínculos com paramilitares de direita.
O caso teve início em 2012, quando Uribe acusou o senador Iván Cepeda de orquestrar sua ligação com grupos paramilitares. Investigações subsequentes revelaram que Uribe teria ordenado a um advogado que subornasse paramilitares presos para desacreditar as acusações. Em 2018, a Suprema Corte colombiana concluiu que Cepeda não havia pressionado os ex-paramilitares a testemunharem contra Uribe, acirrando ainda mais o debate sobre a integridade do ex-presidente e a politicagem no sistema judiciário colombiano.