Uma investigação do Ministério Público do Trabalho da Paraíba e da Polícia Civil revelou abusos na mansão de Hytalo Santos, influenciador de 28 anos. Ex-funcionários relataram que adolescentes sob sua supervisão eram controlados em aspectos básicos da vida, como alimentação e uso de celulares, dependendo da autorização do influenciador para essas atividades. Além disso, o consumo de álcool era liberado nas festas realizadas na residência, onde quatro menores de idade moravam.
Os depoimentos indicam que os jovens enfrentavam uma rotina severa, com alguns não frequentando a escola por mais de um mês. Os pais dos adolescentes recebiam entre R$ 2 mil e R$ 3 mil mensais para permitir que seus filhos permanecessem com Hytalo. Após a prisão do influenciador e de seu marido, MC Euro, na última sexta-feira, os jovens foram encaminhados de volta às suas famílias e as contas do influenciador foram banidas das plataformas digitais.
A situação levanta questões sérias sobre a proteção de menores em ambientes controlados por adultos e a responsabilidade das plataformas digitais em monitorar comportamentos abusivos. A Justiça da Paraíba negou o habeas corpus solicitado pelo casal, indicando a gravidade das acusações e a necessidade de uma investigação mais aprofundada sobre as condições em que os adolescentes viviam.