Em um áudio vazado, o major-general Aharon Haliva, ex-chefe da inteligência militar de Israel, defende que as mortes de dezenas de milhares de palestinos em Gaza são ‘necessárias para as gerações futuras’. Haliva, que ocupou o cargo durante os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, afirmou que para cada israelense morto, 50 palestinos devem morrer, uma declaração que gerou intensa repercussão e críticas. Ele renunciou ao cargo em abril de 2024, tornando-se o primeiro oficial sênior das IDF a fazê-lo por sua ‘responsabilidade de liderança’.
As gravações, divulgadas pelo Canal 12 de Israel, revelam Haliva culpando não apenas o exército israelense, mas também a liderança política e o Shin Bet pela falta de previsão dos ataques do Hamas. Em resposta às suas declarações, o Hamas condenou as falas de Haliva, afirmando que confirmam decisões políticas oficiais que resultam em crimes contra o povo palestino. A situação em Gaza continua a ser objeto de críticas internacionais, com líderes globais questionando as ações do governo israelense.
As implicações das declarações de Haliva são profundas, pois refletem uma postura militar que pode intensificar a já crescente tensão entre Israel e a comunidade internacional. Enquanto Israel nega as acusações de genocídio, a pressão sobre o governo de Benjamin Netanyahu aumenta, especialmente após críticas de líderes mundiais como o primeiro-ministro da Nova Zelândia e a primeira-ministra da Dinamarca. O cenário atual levanta preocupações sobre a escalada do conflito e as consequências humanitárias em Gaza.