João Ricardo Mendes, ex-CEO da Hurb, foi liberado da prisão no dia 11 de agosto de 2025, após quase três meses detido por suspeita de furto de obras de arte. No entanto, pouco tempo depois de sua soltura, Mendes descumpriu medidas cautelares impostas pela Justiça, incluindo a atualização de seu endereço, conforme denúncia protocolada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). A Justiça registrou que uma credora tentou citá-lo em um processo, mas foi informada pelos Correios que ele não residia mais no endereço fornecido ao tribunal.
As medidas cautelares exigiam que Mendes usasse uma tornozeleira eletrônica e mantivesse seus dados pessoais atualizados. O MPRJ solicitou à 32ª Vara Criminal do Rio de Janeiro que verifique se o réu está cumprindo as condições estabelecidas e intime sua defesa para prestar esclarecimentos. Além do furto, Mendes também é réu em outro processo criminal por estelionato durante sua gestão na Hurb, e a Justiça pediu uma perícia para avaliar sua sanidade mental, uma vez que a defesa alegou que ele é “psicótico maníaco-depressivo”.
O caso levanta questões sobre a eficácia das medidas cautelares e a supervisão judicial em casos de réus com histórico criminal complexo. A situação de Mendes poderá impactar não apenas sua defesa em processos futuros, mas também a reputação da Hurb e a confiança do público na empresa. O Portal iG aguarda um posicionamento oficial da Hurb sobre o ocorrido.