Igor Eduardo Cabral, ex-atleta condenado por agredir a namorada com 61 socos, relatou ter sido espancado por policiais penais na cadeia pública de Ceará Mirim, no Rio Grande do Norte. Segundo Cabral, os agentes o agrediram com socos, chutes e spray de pimenta enquanto estava algemado e isolado em uma cela. A denúncia foi formalizada após a Secretaria da Administração Penitenciária (Ceap) receber informações sobre a violação da integridade física do detento.
Equipes da coordenadoria e da ouvidoria do sistema penitenciário foram enviadas à unidade para investigar as alegações, registrar ocorrência e realizar exame de corpo de delito. A defesa de Igor Cabral afirmou que não foi notificada sobre a denúncia e não teve acesso ao cliente, ressaltando que havia solicitado uma cela individual para garantir a segurança do preso, mas não esperava que isso resultasse em isolamento punitivo.
Durante seu relato, Igor mencionou ter recebido ameaças de morte por parte dos agentes, que teriam sugerido envenenar sua comida e deixado um lençol com a orientação para que ele se suicidasse. O ex-atleta também afirmou ter sido informado de que estava "no inferno" e que não sairia vivo da unidade. A situação é ainda mais alarmante considerando o histórico de violência de Igor, que resultou em múltiplas fraturas na ex-namorada, que passou por cirurgia e pode enfrentar sequelas permanentes.