As ações da Evergrande, a segunda maior incorporadora imobiliária da China e a mais endividada do mundo, foram oficialmente retiradas da Bolsa de Valores de Hong Kong nesta segunda-feira (25). A decisão, anunciada no início deste mês, ocorre após a empresa não conseguir apresentar um plano de reestruturação da dívida e enfrentar uma ordem de liquidação emitida por um tribunal de Hong Kong desde janeiro de 2024.
A Evergrande estava suspensa desde 29 de janeiro e não atendeu às exigências da bolsa, que incluíam a apresentação de um plano viável para reverter a decisão judicial e demonstrar negócios significativos. Com uma dívida superior a 2,4 trilhões de yuans (mais de R$ 1,8 trilhão), a empresa enfrenta um colapso acentuado, agravado por fraudes financeiras que resultaram em multas severas e na proibição de seu fundador, Xu Jiayin, de atuar no mercado.
A queda da Evergrande não é um caso isolado, mas parte de uma mudança na política econômica da China sob Xi Jinping, que busca conter a especulação imobiliária e estabilizar o setor. As novas regulamentações introduzidas em 2020 limitaram o endividamento das incorporadoras, levando a Evergrande a uma crise de liquidez que culminou em sua retirada da bolsa. Essa situação destaca os desafios enfrentados pelo setor imobiliário chinês e as implicações para a economia do país.