O enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, visitou a Faixa de Gaza nesta sexta-feira (1) e anunciou um aumento na ajuda humanitária, em meio a crescentes críticas à atuação das forças israelenses na região. A visita ocorre após a ONU relatar que mais de 1.370 palestinos morreram em Gaza desde o início das operações de distribuição de ajuda, com 105 mortes registradas nos últimos dois dias, a maioria atribuída ao Exército israelense.
Witkoff, que passou mais de cinco horas em Gaza, destacou a necessidade de fornecer alimentos e assistência médica à população local. Em uma mensagem nas redes sociais, ele se comprometeu a levar informações ao presidente dos Estados Unidos sobre a grave situação humanitária. A visita coincide com um relatório da Human Rights Watch, que denunciou que a distribuição de ajuda foi transformada em um “banho de sangue” devido à atuação militar israelense.
A ONG acusou as forças israelenses de utilizarem a fome como arma de guerra, enquanto o Exército de Israel respondeu que a Fundação Humanitária de Gaza (GHF) opera de forma independente. A GHF, que iniciou suas atividades em maio, tem enfrentado dificuldades em meio ao bloqueio imposto por Israel, que resultou em escassez de alimentos e insumos essenciais. A guerra na região, que começou com um ataque do Hamas em 7 de outubro, já resultou em mais de 60 mil mortes em Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas.