O julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), que se inicia no dia 2 de setembro de 2025, está gerando grande expectativa internacional, especialmente nos Estados Unidos. Fontes da administração Trump afirmaram que acompanharão as audiências de perto e que poderão implementar sanções e tarifas contra o Brasil em resposta ao andamento do processo. Essa abordagem inédita pode exacerbar a crise nas relações entre os dois países, impactando diretamente a política brasileira e as negociações comerciais em curso.
Tradicionalmente, julgamentos do STF não atraem a atenção do governo americano, mas a gravidade das acusações contra Bolsonaro, que incluem tentativa de golpe de Estado, mudaram esse cenário. A administração Trump está considerando uma série de medidas, incluindo restrições de vistos e sanções financeiras, que podem ser acionadas conforme o julgamento avança. A Casa Branca condiciona qualquer acordo comercial à resolução da situação judicial do ex-presidente brasileiro, o que complica ainda mais as relações bilaterais.
A presença de Eduardo Bolsonaro e do comentarista político Paulo Figueiredo em Washington durante o julgamento visa influenciar a percepção americana sobre o caso. Ambos têm promovido uma campanha por punições ao Brasil que poderiam facilitar uma anistia para Bolsonaro e seus aliados. O governo Lula está ciente dos riscos envolvidos e se prepara para possíveis reações adversas da administração Trump, que vê no apoio à família Bolsonaro uma estratégia para fortalecer sua posição nas eleições brasileiras de 2026.