O enviado especial dos EUA, Thomas Barrack, pediu nesta segunda-feira (18) que Israel coopere com o plano do governo libanês para desarmar o Hezbollah até o final de 2025. A proposta estabelece etapas para que grupos armados entreguem seus arsenais, enquanto Israel suspende operações militares e retira tropas do sul do Líbano. O gabinete libanês aprovou os objetivos da iniciativa no início de agosto, mesmo sem o consentimento do Hezbollah.
A proposta representa um esforço do governo libanês para encerrar um conflito que devastou partes do país, especialmente a região sul. No ano passado, cerca de 5.000 combatentes do Hezbollah morreram, incluindo grande parte de sua alta liderança, e extensas áreas do sul do Líbano foram destruídas. Apesar da aprovação do plano, Israel continuou realizando ataques contra o Líbano nas semanas seguintes.
O Hezbollah resiste às pressões para se desarmar e se recusa a discutir seu arsenal até que Israel encerre seus ataques e retire suas tropas. Após seu encontro com Barrack, o presidente libanês Joseph Aoun afirmou que “outras partes” precisam se comprometer com o conteúdo do roteiro. O líder do Hezbollah, Naim Qassem, alertou sobre os riscos de uma guerra civil, afirmando que não haveria “vida” no Líbano caso o Estado tentasse confrontar ou eliminar o grupo.