Os Estados Unidos anunciaram a mobilização de dois submarinos nucleares nesta sexta-feira (1º), em resposta às recentes ameaças do ex-presidente da Rússia, Dmitry Medvedev. O presidente Donald Trump não especificou a localização ou a identidade dos submarinos, mas a medida é vista como um reforço da postura militar americana diante da escalada de tensões entre os dois países.
Atualmente, a Marinha dos EUA opera 71 submarinos com propulsão nuclear, dos quais 14 são submarinos balísticos da classe Ohio, equipados com mísseis nucleares Trident II D5. Esses submarinos são considerados essenciais para a dissuasão nuclear americana, pois podem permanecer submersos por longos períodos e têm a capacidade de retaliar em caso de um ataque.
Os submarinos balísticos são projetados para operar em silêncio absoluto, o que os torna quase impossíveis de detectar. Cada um pode carregar até 20 mísseis, cada um com múltiplas ogivas nucleares, permitindo que um único submarino possa atingir dezenas de alvos simultaneamente. Essa capacidade de resposta é fundamental para a estratégia de defesa dos EUA, conhecida como "capacidade de segundo ataque".
A mobilização dos submarinos ocorre em um contexto de crescente tensão internacional, especialmente após a rara aparição do USS Nevada em 2022, que foi interpretada como um aviso aos adversários, incluindo a China. A presença dos submarinos balísticos é um componente crítico da segurança nacional americana, garantindo que os EUA possam responder a qualquer ameaça nuclear de forma eficaz.