Os Estados Unidos anunciaram a implementação de um pacote de medidas tarifárias que estabelece uma taxa de 50% sobre diversos produtos brasileiros, com início em 6 de agosto. A decisão representa um risco significativo para a economia de Goiás, o segundo maior exportador de carnes e açúcar para o mercado norte-americano.
Estudos da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG) e do Instituto Mauro Borges (IMB) indicam que a medida pode resultar em uma redução de R$ 1,36 bilhão no Produto Interno Bruto (PIB) do estado, o que corresponde a aproximadamente 0,36% do PIB estadual. Em 2024, Goiás exportou US$ 408,5 milhões para os EUA, que se tornaram o terceiro destino das vendas externas do estado, com 94,5% dos produtos oriundos da indústria de transformação.
Os principais produtos afetados incluem carne bovina desossada congelada e açúcar, que juntos representam mais de 70% das exportações goianas para os EUA. A tarifa torna a carne bovina goiana economicamente inviável no mercado norte-americano, levando a uma queda significativa nas exportações, que já recuaram cerca de 67% desde abril de 2025.
O impacto total no PIB de Goiás pode chegar a R$ 1,36 bilhão, com a indústria concentrando R$ 860,9 milhões desse valor. Em resposta, o Governo de Goiás lançou linhas de crédito para apoiar as empresas exportadoras e está em negociações com o Ministério das Relações Exteriores para mitigar os efeitos da tarifa.