Em 20 de agosto de 2025, o governo dos Estados Unidos anunciou sanções contra quatro juízes do Tribunal Penal Internacional (TPI), com base em um decreto assinado pelo ex-presidente Donald Trump. O secretário de Estado, Marco Rubio, alegou que os magistrados estavam envolvidos em investigações que visavam cidadãos dos EUA e de Israel sem o consentimento das nações envolvidas. Os juízes citados são Kimberly Prost (Canadá), Nicolas Guillou (França), Nazhat Shameem Khan (Fiji) e Mame Mandiaye Niang (Senegal).
Rubio classificou o TPI como uma “ameaça à segurança nacional” e acusou o tribunal de utilizar a “guerra jurídica” contra os Estados Unidos e seus aliados. Ele enfatizou que os EUA continuarão a adotar medidas para proteger suas tropas e soberania, instando outros países a resistirem às reivindicações do TPI. Essa ação é parte de uma campanha mais ampla contra o tribunal, que já havia emitido mandados de prisão contra líderes israelenses por supostos crimes de guerra na Faixa de Gaza.
Em resposta, o TPI rejeitou as sanções, considerando-as um ataque à sua independência e uma afronta à ordem internacional. O tribunal reafirmou seu compromisso em cumprir seu mandato, desconsiderando pressões externas. As sanções incluem congelamento de bens nos EUA e restrições de visto aos juízes, refletindo a crescente tensão entre Washington e o TPI sobre questões de justiça internacional.