Os Estados Unidos impuseram sanções a quatro juízes e promotores do Tribunal Penal Internacional (TPI) nesta quarta-feira, 20 de agosto de 2025. Entre os sancionados estão funcionários de países aliados, como França e Canadá, em uma nova tentativa de obstruir o tribunal. O secretário de Estado, Marco Rubio, declarou que o TPI é uma ameaça à segurança nacional e um instrumento de guerra jurídica contra os EUA e Israel.
Rubio alegou que os juristas tentaram investigar ou processar cidadãos dos EUA ou de Israel sem consentimento. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, celebrou as sanções, considerando-as uma ação decisiva contra a campanha de difamação contra Israel. As sanções afetam o juiz francês Nicolas Guillou, que preside o caso relacionado à ordem de prisão de Netanyahu por crimes de guerra na Faixa de Gaza.
Além de Guillou, foram sancionados a juíza canadense Kimberly Prost e os promotores Nazhat Shameem Khan e Mame Mandiaye Niang. O Departamento de Estado justificou as sanções como uma resposta a ações ilegítimas do TPI contra Israel. Essa postura reflete a rejeição histórica do governo americano à autoridade do tribunal, que é apoiado por quase todas as democracias europeias.