Cerca de 24.000 profissionais de saúde de Cuba atuam em 56 países, incluindo Brasil e Venezuela, segundo dados de abril de 2025 do Ministério de Saúde Pública da ilha caribenha. Em agosto, o presidente dos EUA, Donald Trump, impôs sanções a autoridades brasileiras vinculadas ao programa Mais Médicos, que conta com médicos cubanos. O secretário de Estado, Marco Rubio, anunciou restrições a dois funcionários do governo brasileiro e cancelou vistos da família do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A exportação de médicos cubanos se tornou alvo das sanções norte-americanas, que justificam a medida alegando que a prática representa trabalho forçado e enriquece o regime cubano. O governo brasileiro, por sua vez, busca garantir vistos para que Padilha participe de eventos internacionais, como a Assembleia Geral da ONU. A situação destaca as tensões entre os EUA e Cuba e suas repercussões nas relações diplomáticas com o Brasil.
As sanções podem impactar a continuidade do programa Mais Médicos e a presença de médicos cubanos no Brasil. Desde 2013, o programa tem sido crucial para levar atendimento médico a áreas remotas do país. A medida também levanta questões sobre a colaboração internacional em saúde e os desafios enfrentados por Cuba devido ao embargo econômico imposto pelos EUA desde 1962.

