Em 30 de julho, a Casa Branca anunciou a inclusão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na lista da Lei Magnitsky, conforme publicado pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (Ofac). As sanções proíbem Moraes de realizar negócios com empresas norte-americanas ou que operem nos Estados Unidos, além de vetar qualquer vínculo comercial com indivíduos que residam no país.
As medidas implicam no bloqueio de contas bancárias, incluindo aquelas em bancos brasileiros, e no cancelamento de cartões de crédito de bandeiras americanas, como Visa e Mastercard. O advogado Javier Coronado Diaz, especialista em casos da Lei Magnitsky, destacou que essa situação pode afetar o pagamento do salário de Moraes, levantando questões sobre como o STF irá gerenciar a remuneração do ministro.
Coronado também alertou que a vida financeira de Moraes será severamente limitada, uma vez que poucas empresas estarão dispostas a correr o risco de atendê-lo, temendo represálias do Ofac. Embora exista a possibilidade de Moraes entrar com uma petição para reverter as sanções, ele precisará de um advogado nos EUA e apresentar provas que contestem as alegações contra ele, sem um prazo definido para a resposta do Ofac.