Os Estados Unidos deslocaram navios militares e um submarino nuclear para a costa da Venezuela, com a intenção de combater o tráfico internacional de drogas. O governo venezuelano, liderado por Nicolás Maduro, classifica essa movimentação como uma ameaça direta à sua soberania. A operação, que já enfrentou atrasos devido ao furacão Erin, inclui seis navios de guerra e um esquadrão anfíbio, mas sua chegada tem sido marcada por incertezas e cancelamentos de visitas a portos da região.
A Casa Branca não confirmou oficialmente que a missão tem como alvo Maduro, embora tenha declarado que usará “toda a força” contra o narcoterrorismo. O cientista político Carlos Gustavo Poggio destacou que o aparato militar enviado pelos EUA é mais eficaz para ataques do que para combater cartéis. Em resposta, Maduro mobilizou 4,5 milhões de milicianos e enviou tropas para a fronteira com a Colômbia, denunciando as ações americanas como uma grave ameaça à paz regional.
As tensões entre os EUA e a Venezuela se intensificam à medida que Maduro busca apoio internacional e denuncia as movimentações militares à ONU. A situação gera preocupações sobre possíveis desdobramentos na segurança regional e a estabilidade política na América Latina. Enquanto isso, os EUA mantêm silêncio sobre detalhes da operação, aumentando a incerteza sobre suas intenções reais na região.