O governo dos Estados Unidos determinou o envio de um navio de guerra e um submarino de ataque rápido para o Mar do Sul do Caribe, nas proximidades da Venezuela, com chegada prevista para a próxima semana. A informação foi confirmada por dois funcionários do Pentágono à agência Reuters, que não revelaram suas identidades. A operação é parte de uma estratégia mais ampla para enfrentar as ameaças à segurança nacional dos EUA, atribuídas a “organizações narcoterroristas” na região.
Na semana anterior, os EUA já haviam deslocado uma quantidade significativa de recursos militares, incluindo seis navios de guerra e cerca de 4.000 militares, para a mesma área. A porta-voz do governo americano, Karoline Leavitt, afirmou que Nicolás Maduro não é um presidente legítimo e é considerado um “fugitivo” e “chefe de cartel narcoterrorista”, justificando assim a ação militar. Além disso, os EUA ofereceram uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à prisão ou condenação de Maduro, acusado de envolvimento em tráfico de drogas e narcoterrorismo.
A resposta do governo venezuelano foi rápida: Maduro anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos para enfrentar as supostas ameaças dos EUA. Essa escalada nas tensões reflete não apenas a deterioração das relações entre Washington e Caracas, mas também a crescente preocupação dos EUA com o tráfico de drogas na América do Sul. Enquanto isso, as Forças Armadas da Venezuela enfrentam desafios significativos devido a sanções internacionais e uma crise econômica prolongada, limitando sua capacidade militar.