Uma frota de seis navios militares dos Estados Unidos está a caminho da costa da Venezuela, com chegada prevista para este domingo (24/08). A operação, ordenada pelo presidente Donald Trump, é oficialmente voltada ao combate ao narcotráfico, mas gera incertezas sobre suas verdadeiras intenções e provoca alarme em países vizinhos. Washington e Caracas não mantêm relações diplomáticas desde 2019, quando os EUA reconheceram Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.
Desde então, a relação entre os dois países se deteriorou, com os EUA impondo sanções severas contra o regime de Maduro. Recentemente, uma troca de prisioneiros entre os dois países havia acendido esperanças de reaproximação, mas a situação se complicou novamente com a classificação do Cartel de los Soles como organização terrorista internacional. A Casa Branca, por meio de sua porta-voz, reafirmou que Maduro não é reconhecido como presidente legítimo e o classificou como um chefe de um cartel narcoterrorista.
A mobilização militar dos EUA levanta questões sobre um possível retorno à Doutrina Monroe, que historicamente justificou intervenções americanas na América Latina. Com a frota composta por contratorpedeiros e navios de assalto anfíbio, além de um submarino nuclear, a operação pode sinalizar uma nova fase nas relações entre os EUA e a Venezuela, com implicações significativas para a segurança regional e a política externa americana.