Os Estados Unidos deslocaram três destróieres da classe Arleigh Burke para o mar do Sul do Caribe, próximo à costa da Venezuela, conforme reportado pelas agências Reuters e Associated Press. Essa movimentação ocorre em um contexto de declarações da porta-voz do governo Trump, Karoline Leavitt, que afirmou que Washington usará “toda a força” contra o regime de Nicolás Maduro, justificando a ação como parte de uma luta contra o narcotráfico na América do Sul. Mais de 4 mil militares foram mobilizados para a operação, que inclui os destróieres USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson, equipados com tecnologia avançada para missões múltiplas.
Os destróieres Arleigh Burke são conhecidos por seus sistemas de combate Aegis, que permitem monitorar e atacar rapidamente ameaças aéreas e marítimas. Com capacidade para operar drones e helicópteros, essas embarcações representam um poderio militar significativo. Em resposta à pressão militar dos EUA, Maduro anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos para reforçar a defesa da Venezuela, acirrando o debate sobre a disparidade entre as forças armadas dos dois países.
A aproximação dos navios americanos gerou alerta em governos vizinhos, especialmente no Brasil, que possui uma extensa fronteira com a Venezuela. Analistas apontam que essa movimentação pode abrir espaço para ações militares em águas territoriais e até em solo estrangeiro, levantando questões jurídicas internacionais. A situação continua a evoluir, com implicações potenciais para a segurança regional e as relações diplomáticas na América do Sul.