Os Estados Unidos anunciaram o deslocamento de mais de 4 mil fuzileiros navais e marinheiros para as águas próximas à América Latina e ao Caribe. Esta medida faz parte de uma robusta operação de combate aos cartéis de drogas que atuam na região, contando com um significativo aparato militar, incluindo um submarino de ataque com propulsão nuclear e uma aeronave de reconhecimento P-8 Poseidon.
Analistas afirmam que essa movimentação representa uma demonstração de força do governo de Donald Trump, servindo como uma clara intimidação às organizações criminosas. Não é a primeira vez que a administração atual toma medidas semelhantes; em março, destroyers da Marinha americana já haviam sido posicionados na costa do México com o mesmo objetivo. A operação ocorre em um momento de intensificação das ações dos EUA contra o narcotráfico, com o governo aumentando a recompensa por informações sobre o presidente venezuelano Nicolás Maduro, acusado de liderar organizações de narcotráfico.
A ação visa combater diversos grupos operando na América do Sul e Central, como o Tren de Aragua na Venezuela e o cartel Los Lobos no Equador. Especialistas em relações internacionais consideram que, por enquanto, a operação é uma demonstração de força e intimidação, mas não descartam ações mais diretas no futuro. Para que tropas americanas atuem em território estrangeiro, seria necessária autorização dos governos locais, embora a maior parte da operação possa ocorrer em águas internacionais.