Os Estados Unidos e a Guiana acusaram o regime de Nicolás Maduro de envolvimento com redes de narcoterrorismo, em uma declaração oficial divulgada pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio. O documento menciona o Cartel de los Soles, vinculado a setores militares da Venezuela, como uma das principais ameaças à segurança regional. A Guiana defende maior cooperação internacional para combater o crime organizado e alertou sobre os riscos que essas redes representam para a democracia e o Estado de Direito.
A Embaixada dos Estados Unidos na Venezuela emitiu um alerta recomendando que cidadãos americanos evitem viajar ao país, citando riscos como detenção arbitrária e instabilidade civil. Essa medida ocorre em um contexto de crescente tensão entre Washington e Caracas, com o governo dos EUA enviando navios de guerra para o Caribe e aumentando a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro para US$ 50 milhões. Especialistas indicam que a movimentação militar pode sinalizar uma possível operação contra o presidente venezuelano.
Em resposta à pressão externa, Maduro mobilizou 4,5 milhões de membros da Milícia Bolivariana, interpretando essa ação como parte de um “plano de paz”. No entanto, a intensificação do conflito diplomático gera preocupações sobre os impactos de uma eventual intervenção dos EUA na Venezuela, especialmente para países vizinhos como o Brasil, que historicamente defende a estabilidade na região. A situação continua a evoluir, com desdobramentos que podem afetar toda a América Latina.