A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil emitiu uma nova nota nesta quinta-feira (7), reiterando suas críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na publicação, Moraes é descrito como o "principal arquiteto da censura e perseguição contra Jair Bolsonaro e seus apoiadores", em meio a um clima de crescente tensão diplomática entre os dois países.
A nota destaca que as "flagrantes violações de direitos humanos" atribuídas ao ministro resultaram na aplicação de sanções pela Lei Magnitsky, conforme determinado pelo ex-presidente Donald Trump. Além disso, a Embaixada adverte que os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas devem evitar apoiar suas ações.
A crítica ocorre após a decisão de Moraes de colocar Bolsonaro em prisão domiciliar, sob a alegação de descumprimento de medidas cautelares. O ministro apontou que o ex-presidente utilizou redes sociais de aliados para incitar ataques ao STF e sugerir intervenções estrangeiras no Judiciário brasileiro. A nota da Embaixada também indica que os EUA estão "monitorando a situação de perto", sugerindo que novas retaliações podem ser consideradas.
Essa não é a primeira vez que a Embaixada dos EUA se manifesta contra Moraes. Em julho, a representação já havia classificado o ministro como "o coração pulsante do complexo de perseguição e censura contra Jair Bolsonaro", evidenciando a escalada de tensões entre os dois países, que inclui retaliações comerciais e articulações por sanções internacionais contra integrantes do STF.