Os Estados Unidos decidiram cancelar sua participação na Operação Formosa, um dos principais exercícios da Marinha do Brasil, programado para julho. A decisão foi anunciada no dia 23 de julho e reflete as crescentes tensões nas relações entre os governos de Lula e Trump, que também resultaram na suspensão da Conferência Espacial das Américas, agendada para Brasília.
A Operação Formosa contaria com a mobilização de cerca de 2.000 militares brasileiros, que esperavam a colaboração de fuzileiros navais americanos, que não se concretizará. Além disso, a China também confirmou que não enviará tropas para o exercício, sinalizando uma possível mudança nas dinâmicas de cooperação militar na região. A resistência do governo Lula à presença de tropas dos EUA é um fator relevante, especialmente devido às sanções financeiras impostas por Washington a autoridades brasileiras.
Apesar das dificuldades, oficiais-generais brasileiros asseguram que a cooperação militar entre Brasil e EUA não está rompida. Exercícios conjuntos como o Exercício Conjunto Tápio e a Operação Core 2025 estão programados para os próximos meses. No entanto, a recente visita do chefe do Comando Sul dos EUA ao Brasil foi marcada por mal-entendidos e cancelamentos, evidenciando um clima de desconfiança nas relações bilaterais.