Em uma mudança significativa de estratégia, o governo dos Estados Unidos autorizou o uso das Forças Armadas contra cartéis de narcotráfico, classificando-os como terroristas. A decisão, anunciada em agosto de 2025, ocorre em meio a tensões com países latino-americanos, especialmente o México, que rejeitou qualquer intervenção militar. A medida foi impulsionada por uma diretiva secreta do presidente Trump, permitindo operações militares diretas contra organizações criminosas como o cartel de Sinaloa e o Tren de Aragua.
A nova política representa uma reconfiguração do conceito de ameaça à segurança nacional e envolve uma abordagem multissetorial que combina ações militares, econômicas e diplomáticas. O Departamento do Tesouro dos EUA impôs sanções a grupos vinculados ao tráfico de drogas, enquanto forças aéreas e navais foram mobilizadas no Caribe Sul. No entanto, a presidente mexicana Claudia Sheinbaum enfatizou a inviolabilidade da soberania do país e a necessidade de colaboração através de extradições, levantando preocupações sobre a legalidade da ação militar americana.
Analistas alertam que essa postura agressiva pode resultar em violações de normas internacionais e exacerbar a violência na região. A nova estratégia dos EUA, que se afasta de programas cooperativos anteriores, pode reverter décadas de esforços conjuntos em segurança hemisférica. Embora a intenção seja conter o fluxo de drogas e proteger os interesses americanos, as implicações dessa abordagem militar suscitam dúvidas sobre sua eficácia e os reais impactos na dinâmica do narcotráfico na América Latina.