O governo dos Estados Unidos anunciou seu apoio à concessão de licenças para empresas norte-americanas explorarem o fundo do mar, reacendendo um debate crucial sobre a viabilidade e os riscos dessa prática. A Zona Clarion-Clipperton, situada a cerca de 1.770 quilômetros de San Diego, é considerada uma área rica em níquel e cobre, minerais cada vez mais demandados para a produção de tecnologias como veículos elétricos. A expectativa é que a exploração possa garantir recursos essenciais para as cadeias de suprimento globais até 2040.
Apesar da promessa econômica, cientistas alertam para os impactos ambientais incalculáveis da mineração em alto mar. Estudos indicam que as atividades podem causar danos severos à vida marinha, incluindo a destruição de habitats e a extinção de espécies. Em resposta a esses riscos, 32 países, incluindo Canadá e Reino Unido, manifestaram oposição à mineração no fundo do mar, pedindo uma pausa nas operações até que todos os impactos sejam compreendidos.
As decisões favoráveis à exploração nos EUA podem influenciar outros governos a adotar posturas semelhantes, aumentando a pressão sobre os ecossistemas oceânicos já ameaçados. A controvérsia em torno da mineração no fundo do mar destaca a necessidade urgente de equilibrar o desenvolvimento econômico com a proteção ambiental, um dilema que se intensifica à medida que a demanda por recursos naturais cresce globalmente.