Empresários do agronegócio brasileiro estão alarmados com a possibilidade de perdas significativas nas exportações de soja para a China, previstas para começar em 2026. Essa preocupação surge em meio a negociações entre os governos de Donald Trump e Xi Jinping, que podem afetar a posição hegemônica do Brasil, responsável por mais de dois terços da soja consumida pela China nos últimos doze anos.
A dependência mútua entre os dois países se consolidou, com o Brasil gerando receitas de 36,5 bilhões de dólares no ano passado. No entanto, a recente pressão de Trump para aumentar as importações de soja americana levanta preocupações sobre uma possível reversão dessa dinâmica. O assessor de política externa de Lula, Celso Amorim, interpretou as declarações de Trump como uma hostilidade direta ao Brasil, refletindo a falta de clareza na estratégia brasileira diante da disputa entre as potências.
Enquanto isso, a China continua a investir em infraestrutura no Brasil e na América do Sul, buscando garantir sua posição como fornecedor estratégico. A fragilidade econômica brasileira exposta por essa rivalidade pode ser vista como uma oportunidade para mudanças estruturais, mas o governo enfrenta desafios significativos, incluindo tarifas elevadas e investigações sobre concorrência desleal. A situação exige uma resposta rápida e eficaz para proteger os interesses nacionais no comércio agrícola.