A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil emitiu uma advertência nesta quinta-feira, 7, direcionada aos aliados do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no Judiciário e em outras esferas. O comunicado, publicado na rede social X, afirma que o órgão está "monitorando a situação de perto" e avisa que aqueles que "apoiar ou facilitar" as ações do magistrado estão "avisados".
A mensagem da Embaixada é uma tradução de uma postagem anterior do subsecretário de Diplomacia Pública dos EUA, Darren Beattie, que criticou a decisão de Moraes de colocar o ex-presidente Jair Bolsonaro em prisão domiciliar. Beattie, em sua declaração, pediu que outros juízes não respaldem as ações de Moraes, destacando que os "flagrantes abusos de direitos humanos" cometidos pelo ministro resultaram em sanções sob a Lei Magnitsky, implementadas durante a administração Trump.
As sanções incluem a proibição de Moraes de entrar nos Estados Unidos e de acessar bens e serviços de empresas americanas. Até o momento, essa norma foi aplicada apenas a violadores de direitos humanos e ditadores. Além de Moraes, outros sete ministros do STF também tiveram seus vistos americanos revogados, e o governo dos EUA impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros como forma de pressão econômica.
Essas ações são uma resposta ao processo penal em que Jair Bolsonaro é réu, relacionado a tentativas de golpe após as eleições de 2022, e às decisões do STF sobre redes sociais. O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, celebrou as sanções e afirmou estar trabalhando com autoridades internacionais para influenciar o julgamento de seu pai.