Bennu e Ryugu, dois dos asteroides mais conhecidos do Sistema Solar, podem ter se originado de uma mesma rocha-mãe, segundo um estudo recente publicado no periódico The Planetary Science Journal. A pesquisa, que utilizou dados espectrais do asteroide 142 Polana coletados pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST), revela semelhanças significativas entre as amostras de Bennu e Ryugu, indicando uma possível fragmentação de um corpo celeste maior.
Com aproximadamente 500 metros de largura, Bennu foi estudado pela missão OSIRIS-REx da NASA em 2022, enquanto Ryugu, com cerca de 900 metros, foi visitado pela sonda japonesa Hayabusa2 em 2019. Ambos são classificados como asteroides potencialmente perigosos devido à sua proximidade com a Terra, mas não representam riscos significativos nos próximos cem anos. A teoria mais aceita sugere que esses asteroides pertencem à família de Polana, formada após a fragmentação de um asteroide gigante no início do Sistema Solar.
A pesquisa destaca que, apesar das pequenas diferenças nas composições químicas dos asteroides, a hipótese de uma origem comum é a mais plausível. Essa descoberta pode revolucionar a compreensão sobre a formação de asteroides e suas interações ao longo do tempo, além de contribuir para o conhecimento sobre os riscos potenciais que esses corpos celestes representam para a Terra.