Um estudo recente, conduzido pelo Consórcio Cogitate, que envolve 256 participantes e 12 laboratórios, investiga a origem da consciência humana, desafiando duas teorias neurocientíficas rivais: a Teoria da Informação Integrada (TII) e a Teoria do Espaço de Trabalho Neuronal Global (GNWT). Os pesquisadores monitoraram a atividade cerebral dos participantes durante testes visuais, buscando identificar qual teoria melhor explica a experiência consciente. Os resultados, embora inconclusivos, revelaram padrões que favorecem ambas as teorias em diferentes aspectos.
A TII propõe que a consciência emerge da integração matemática da informação no cérebro, enquanto a GNWT sugere que uma rede de áreas cerebrais seleciona informações importantes para a experiência consciente. O estudo, liderado por Lucia Melloni do Instituto Max Planck, demonstrou conexões funcionais entre áreas visuais e frontais do cérebro, desafiando a ênfase tradicional no córtex pré-frontal. Essa nova perspectiva pode redefinir nossa compreensão sobre como as percepções se conectam aos pensamentos.
Entretanto, a controvérsia se intensificou após críticas à TII, com um grupo de 124 cientistas acusando-a de ser uma pseudociência. As implicações éticas da teoria levantam questões sobre a consciência em inteligência artificial e fetos, gerando debates acalorados na comunidade científica. Defensores da TII argumentam que as críticas são motivadas por ciúmes profissionais, destacando que a validade de uma teoria deve ser avaliada independentemente de suas implicações éticas.