Pesquisas recentes indicam que as meias podem ser um ambiente propício para o desenvolvimento de microrganismos, incluindo patógenos potencialmente perigosos. A pesquisa destaca que os pés humanos, especialmente entre os dedos, abrigam uma diversidade de micróbios, com até 1.000 espécies diferentes por pessoa, favorecidos pela umidade e calor gerados pelo uso de meias e sapatos. Esses microrganismos se alimentam de suor e células mortas da pele, resultando em uma contagem que varia de 100 a 10 milhões de células microbianas por centímetro quadrado.
Os estudos mostram que as meias não apenas contêm residentes inofensivos, como estafilococos coagulase-negativos, mas também patógenos como Aspergillus, Staphylococcus e Candida. Os subprodutos do metabolismo microbiano, como ácidos graxos voláteis, são responsáveis pelo odor característico de pés e meias suadas, o que levou o NHS a disponibilizar orientações sobre higiene dos pés.
Além disso, as meias atuam como 'esponjas microbianas', coletando micróbios de diversas superfícies, incluindo pisos e tapetes. Um estudo revelou que meias usadas por apenas 12 horas apresentaram as maiores contagens de bactérias e fungos entre as roupas testadas. A transferência desses microrganismos para sapatos, pisos e até mesmo para a pele pode ter implicações significativas para a saúde pública, especialmente em ambientes hospitalares, onde micróbios resistentes a antibióticos foram encontrados em meias de pacientes.
Os especialistas alertam que a falta de higiene adequada dos pés pode facilitar a disseminação de infecções fúngicas, como o pé de atleta, uma condição contagiosa que prospera em ambientes úmidos. Recomendações incluem evitar andar descalço em locais públicos e manter uma rotina rigorosa de cuidados com os pés.