Um estudo recente indica que profissionais que utilizam inteligência artificial (IA) no trabalho são frequentemente avaliados como menos competentes do que aqueles que não a utilizam. A pesquisa, realizada por acadêmicos da King’s Business School, da Universidade de Pequim, da Hong Kong Polytechnic University e da Universidade de Hong Kong, envolveu 1.026 engenheiros que avaliaram trechos de código em Python, com ou sem o auxílio da IA. Mesmo quando os resultados eram equivalentes, a transparência sobre o uso da tecnologia não foi suficiente para alterar essa percepção negativa.
Os resultados da pesquisa levantam preocupações sobre o ‘custo invisível’ associado à adoção de tecnologias emergentes no ambiente profissional. Profissionais podem hesitar em integrar a IA em seus processos de trabalho devido ao medo de serem vistos como menos competentes. Essa dinâmica pode afetar a aceitação e a valorização das inovações tecnológicas, criando um dilema para aqueles que buscam se adaptar às novas demandas do mercado.
As implicações desse estudo são significativas, pois sugerem que a percepção pública sobre o uso da IA pode influenciar decisões de carreira e a adoção de novas tecnologias. À medida que a automação se torna mais prevalente, é crucial que empresas e profissionais abordem essas percepções para garantir uma integração bem-sucedida da IA nas práticas de trabalho, promovendo um ambiente onde a tecnologia e as habilidades humanas possam coexistir de forma valorizada.