Um estudo recente do MIT destaca que 95% das tentativas de adoção de inteligência artificial (IA) nas empresas estão fracassando, apesar do entusiasmo e dos investimentos massivos no setor. Com mais de US$ 44 bilhões levantados apenas no primeiro semestre de 2025, as expectativas eram altas, mas o relatório intitulado “The GenAI Divide: State of AI in Business 2025” revela que apenas 5% dos projetos conseguem gerar um impacto financeiro significativo. As ferramentas de IA, como ChatGPT e Microsoft Copilot, não estão se adaptando ao contexto empresarial e permanecem limitadas a aumentar a produtividade individual sem transformar processos inteiros.
Os pesquisadores apontam que a arquitetura das atuais soluções de IA generativa impede que elas aprendam com feedback e se aprimorem ao longo do tempo. Isso gera um descompasso entre as promessas do setor e a realidade enfrentada pelas empresas, que ainda dependem de fluxos de trabalho tradicionais. Embora as projeções otimistas sugiram que a IA poderia adicionar mais de US$ 6 trilhões à economia global até 2030, a realidade atual mostra que os sistemas mais avançados conseguem concluir apenas 30% das tarefas para as quais são testados.
A situação é preocupante para o mercado financeiro, que continua a precificar expectativas irreais. O caso da Palantir exemplifica essa volatilidade: após um aumento de mais de 100% em suas ações, a empresa viu uma queda acentuada de 17% em poucos dias, levantando questões sobre uma possível bolha no setor. Até mesmo Sam Altman, CEO da OpenAI, reconheceu que o setor pode estar vivendo uma bolha, e a falta de entregas concretas pode resultar em consequências devastadoras para a economia global.