Um estudo da Universidade Federal de Goiás (UFG), liderado pela professora Rosane Garcia Collevatti, publicado na revista Biological Conservation, revela que o Cerrado está perdendo espécies antes mesmo de serem registradas pela ciência. Regiões como Maranhão, Piauí, norte da Bahia e Tocantins (Matopiba) concentram os maiores vazios de conhecimento sobre a flora e sofrem os impactos mais severos do desmatamento. Rosane destaca que muitas áreas são convertidas para agricultura intensiva antes de serem adequadamente estudadas, resultando na perda irreversível de biodiversidade. O estudo utilizou dados de literatura científica e ferramentas computacionais para mapear regiões bem ou mal amostradas, com o objetivo de orientar futuras coletas e estratégias de conservação. Esta pesquisa faz parte do projeto Lacunas de Conhecimento da Biodiversidade no Estado de Goiás (Lago), iniciado em 2021 e financiado pela Fapeg, com apoio do CNPq e colaboração de pesquisadores nacionais e internacionais. A iniciativa pretende fornecer um ponto de partida para novas pesquisas e apoiar a conservação do Cerrado.