MADRI – Um estudo inédito realizado por pesquisadores brasileiros indica que a suspensão precoce da aspirina após um infarto não é uma prática segura. Apresentado na reunião anual da Sociedade Europeia de Cardiologia, o estudo acompanhou 3.410 pacientes e concluiu que a continuidade do uso do medicamento é crucial para evitar complicações graves, como reinfartos e AVCs.
O estudo, conduzido pelo Hospital Israelita Albert Einstein, começou a ser desenvolvido em 2017 e envolveu pacientes que passaram por angioplastia. Os resultados mostraram que, embora a interrupção da aspirina reduza o risco de sangramentos, ela também aumenta a probabilidade de eventos cardiovasculares adversos, evidenciando a necessidade de um equilíbrio cuidadoso na administração do tratamento.
As implicações deste estudo são significativas para a prática clínica global, pois orientam cardiologistas sobre a importância da aspirina na recuperação pós-infarto. Além disso, a pesquisa foi selecionada para publicação no prestigiado New England Journal of Medicine, destacando a contribuição do Brasil para a ciência cardiovascular internacional e sua relevância em populações diversas.