Um novo estudo revela que uma redução de 20% no consumo de álcool entre os brasileiros poderia evitar mais de 10 mil mortes anualmente. Em 2019, o Brasil registrou 102,3 mil óbitos atribuídos ao consumo de álcool, o que equivale a cerca de 12 mortes por hora. Além das vidas salvas, essa diminuição também poderia resultar em uma economia de R$2,1 bilhões em perdas de produtividade relacionadas a mortes prematuras.
A pesquisa, conduzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a pedido da Vital Strategies e da ACT Promoção da Saúde, analisou dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do estudo de Carga Global da Doença. O estudo enfatiza que a redução do consumo de álcool é uma recomendação da OMS para ser alcançada até 2030, destacando a necessidade de medidas efetivas, como o aumento da tributação sobre bebidas alcoólicas.
Os pesquisadores alertam que a taxação é uma intervenção custo-efetiva que pode impactar positivamente o consumo e reduzir os prejuízos sociais e econômicos associados ao álcool. Com a definição das alíquotas do imposto seletivo sobre o álcool em pauta, o Brasil tem uma oportunidade crucial para alinhar-se às melhores práticas globais e melhorar a saúde pública, reduzindo adoecimentos e mortes relacionadas ao consumo excessivo de álcool.